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>Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. (2Tm2.4)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Empréstimo com débito em conta


Hoje, deparo-me comigo e uma situação de dívida. O que eu faço? Essa dívida não tenho como pagar, então me vem a mente uma saída: um empréstimo. Dependendo do valor que devo e dos juros vale a pena fazer um empréstimo a fim de alguma forma melhorar minha situação financeira que se normalizará ao acabar de pagar as prestações. Porém há um problema na lógica do empréstimo. Ele parece ser uma saída sempre rápida e fácil, o mal da humanidade da rapidez, dos produtos prontos, da maestria da velocidade, quanto mais rápido mais estonteante, mais entenebrecido, porque na velocidade há falta de pausa... de pensamento... de reflexão... de contemplação... de meditação... O que é ridículo, mas real e atual é a aplicação da lógica do empréstimo na relação com Deus.
Se quer resolver rápido então se pega dinheiro no caixa eletrônico, não importa o depois, o negócio é o agora, faço o mesmo com Deus. Como? Tenho uma dívida com Ele, e ela é grande, mas quero saná-la, mas descubro que nem todo dinheiro do mundo consegue pagar, mas, mesmo assim, mergulhado na cegueira da visão do preciso resolver de qualquer jeito nem que seja com um empréstimo, me perco na falibilidade pertencente a mim mesmo, ou seja, tenta-se conquistar a graça com obras, muitas delas mortas. Mas graça não se compra, simplesmente se recebe, porque é graça.
A grande questão é que a dívida foi paga. Todo escrito de dívida  foi encravado na cruz (Cl 2.14), e por isso não preciso fazer empréstimo algum. Aqui está a liberdade, porque querer fazer empréstimo para pagar algo que não posso pagar? e mais porque fazer isso se já foi pago. Isso é graça. Que moeda é essa? É a de sangue vertido na cruz. Se Jesus já disse: está consumado, então porque agimos como se isso não fosse real? Então pecamos e criamos uma conta negativa, e queremos pagar, pagar, pagar, quando era só para se prostrar e reconhecer que já foi pago. Ao fazer isso, deixo de querer pagar o que já está pago. E passo a amar aquele que me amou primeiro, ou seja, é amor correspondido, não pagamento de algo quitado.
NEle, que quitou minha dívida para eu viver livre de empréstimos e em amor.

Luis Gustavo Soares

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